Os benefícios do Kiwi!

O kiwi (Actinidia deliciosa) é uma planta da família Actinidiácea, originária das regiões montanhosas chinesas. Entretanto foi na Nova Zelândia que a fruteira adquiriu significação comercial. Durante muito tempo o fruto foi conhecido como groselha chinesa, mas os neozelandeses buscaram outro nome para o fruto: Kiwi – a ave símbolo da Nova Zelândia (1). No Brasil, o kiwi foi introduzido em 1971 pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e seu cultivo se desenvolve em climas mais amenos a frios como no sul e sudeste (2).

Alem de deliciosa possuem poucas calorias (cerca de 40-60 calorias) e elevado valor nutricional, contendo altos teores em vitamina C, potássio, cálcio e outros minerais. Alguns estudos mostraram que ele pode conter teores de vitamina C acima de 300mg/100g de polpa (3), ou seja, de maneira geral, possuem duas a três vezes mais vitamina C que laranjas e até dez vezes mais que em maças (4). Essa quantidade de vitamina C satisfaz a necessidade diária para a maioria das pessoas.

A vitamina C é tida como potente antioxidante (diminui os radicais livres formados no corpo humano). Dessa forma está associado à diminuição de processos metabólicos como envelhecimento celular como as doenças degenerativas. Essa vitamina melhora o aproveitamento do ácido fólico e ferro nas refeições, importantes nutrientes, especialmente em crianças, gestantes e esportistas. A vitamina C tem papel também no sistema imunológico e na formação de hormônios e colágeno no organismo. Como é uma vitamina hidrossolúvel, isto é, não armazena no organismo, seu excesso é eliminado nos líquidos corporais como suor, urina, fezes, portanto é necessária a ingestão diária.

Um estudo realizado (5) mostrou que a combinação de antioxidantes do Kiwi ajuda a proteger o ADN das células dos danos oxidativos. O kiwi possui também vitamina E, vitamina do complexo B e é rico em vitamina K. A vitamina K atua na coagulação sanguínea e é importante no desenvolvimento do esqueleto e na manutenção do ossos (6).

Dentre os minerais, possui boa quantidade de potássio e magnésio, importantes para a contração muscular, beneficio para esportista, hipertensos. Também possui carotenoides como a luteína e zeaxantina, com funções importantes no funcionamento da visão. Num estudo comparativo o kiwi apresentou a maior proporção de luteína e zeaxantina, perdendo apenas para a gema de ovo.

O kiwi cru contém actinídea, uma enzima que dissolve as proteínas e que ajuda a digerir a refeição. Uma de suas das fibras é a pectina, que auxilia na redução do colesterol sanguíneo.

Um estudo recente publicado recentemente (7) indicou o kiwi como uma fruta excelente para indivíduos com a Síndrome do Intestino Irritável (SII), caracterizada por uma oscilação entre diarreia e constipação (intestino preso). Pesquisas têm mostrado que os kiwis melhoram significativamente a defecação em idosos saudáveis e em adultos cronicamente constipados (8).

O kiwi possui baixo índice glicêmico (representa a velocidade com que o carboidrato do alimento aumenta o açúcar no sangue), sendo indicado a diabéticos e nas dietas para perda de peso.

O kiwi amarelo (Actinidia chinensis) conhecido como Sungold conserva todas as propriedades da fruta, mas é mais macio e mais doce que o verde. Ideal para comer de sobremesa com uma colher, mas também pode ser usado em saladas, sucos, vitaminas e bolos.

Precauções: Algumas pessoas podem apresentar alergia oral e a superdosagem pode ocasionar diarreia. É contraindicado para bebês menores de 1 ano.

 

BIBLIOGRAFIA

1-CACIOPPO, O. L'Actinidia. Lisboa: Editorial Prensa 1989, 123 p. 2- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781995000100034

3- SCHUCK, E. Cultivares de kiwi. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v. 5, n. 4, p. 9-12, 1992 a.

4- MAPSON, L. W. Vitamins in fruits. I. A.C. Hulme, the biochemistry of fruits and their products, v. 1, p. 369-384, London, 1970.

5- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11588897

6- Dismore ML, Haytowitz DB, Gebhardt SE, Peterson JW.

7- Journal Asia Pac. J. Cin. Nutr 2010

 

8- Rush EC, et al, 2003

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